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Mostrando postagens de agosto, 2010

NAS NUVENS

O ÚLTIMO ANDAR No último andar é mais bonito: do último andar se vê o mar. É lá que eu quero morar. O último andar é muito longe: custa-se muito a chegar. Mas é lá que eu quero morar. Todo o céu fica a noite inteira sobre o último andar É lá que eu quero morar. Quando faz lua no terraço fica todo o luar. É lá que eu quero morar. Os passarinhos lá se escondem para ninguém os maltratar: no último andar. De lá se avista o mundo inteiro: tudo parece perto, no ar. É lá que eu quero morar: no último andar. Cecília Meireles, (Ou isto ou aquilo) Ao encontrar este poema de Cecília Meireles me identifiquei imediatamente com ele. Como ele ilustrava bem o que eu sinto! Afinal desde que fui morar em apartamento cultivo um desejo: morar no último andar. Há um mês estou morando no último andar, o 25° andar... E confesso é muito mais bonito olhar a vida aqui de cima. A cidade se descortina, se mostra inteira até o perder de vista. De minha cidade, hoje vejo o mar, o rio, s

SOBRE VIAGENS

Abrindo um parêntese na leitura dos autores franceses que venho fazendo, descontraí na leitura despretensiosa de Fazendo as malas e De malas prontas, ambos de Danuza Leão. A escolha é claro, graças a sua (nossa) paixão por Paris, citada nos dois livros. Não se trata de guias turísticos, longe disso, escritos de maneira simples, objetiva e com certo toque de ironia, com um estilo próprio de quem sabe que sabe, neles ela descreve de maneira descontraída e irreverente sobre cidades como Sevilha, Lisboa, Paris, Roma, São Paulo, Buenos Aires, Berlim e Londres e dá dicas, não as obvias, sobre hotéis, bares, lojas e restaurantes dessas cidades.                              Sobre Paris, ela confessa, “Desde que pus os pés em Paris pela primeira vez, soube que iria amar aquela cidade profundamente, até o fim dos meus dias”. E com propriedade ela discorre sobre as coisas que mais a encantam em Paris como os restaurantes, os cafés, as ruas, os prédios, os bistrôs e a tradição ilustrados no pará

NOVO LAR

Sempre adorei me mudar...E como já havia falado aqui estava impaciente, fazendo projetos para isso... Depois que cheguei de viagem consegui o AP que buscava encontrar e me envolvi completamente nesta empreitada. Aos poucos estou recompondo tudo nos seus devidos lugares, inclusive as emoções dentro de mim. Uma das melhores sensações é entrar em uma nova casa e ficar pensando onde ficará os móveis, o que fazer para tornar cada ambiente mais agradável e bonito. Mas, o processo de mudança em si é algo muito chato e estressante. A começar pela quantidade de caixas que se tem para arrumar. Você fica perdido vendo o seu mundo se decompondo. Mudar de casa é como se de repente trocássemos de mundo. Um mundo novo que supõe coisas novas e novos hábitos. Eu que já tenho mania de reciclagem, aqui eu abuso e na hora da arrumação das caixas, velhas roupas, sapatos, e outras coisas mais vão para novos donos. É o momento ideal para doar o que não se quer mais nos livrando de objetos que já perderam o s